Cristiano Ronaldo e Fernando Santos estiveram em destaque na gala da FIFA destinada a premiar os melhores do universo futebolístico em 2016. E havia relógios Hublot para distribuir aos galardoados, mas desapareceram… deixando o protagonismo ao TAG Heuer Carrera Heuer-02 personalizado do craque português.
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Já seria de esperar que Cristiano Ronaldo ganhasse pela quarta vez o prémio de ‘Melhor Jogador do Mundo’ atribuído pela FIFA, para mais tendo entretanto vencido o igualmente prestigiado Ballon d’Or. O facto de o madeirense ter conquistado tanto a Liga dos Campeões como o Mundial de Clubes pelo Real Madrid e ainda capitaneado a Seleção Nacional até ao título no Campeonato na Europa não deixava grande margem para dúvidas — até porque fez acompanhar todos esses sucessos coletivos com mais uma enxurrada de golos. E acabou mesmo por ser o escolhido, erguendo o troféu com um relógio muito especial da sua marca patrocinadora, a TAG Heuer.
Há uns anos, a TAG Heuer fez um estudo para definir quais as personalidades mais populares do planeta — e o resultado foi impressionante e lisonjeiro para Portugal. O trio mais popular era composto pelo Papa, por Barack Obama e por… Cristiano Ronaldo. O estudo não estava diretamente associado à aposta no craque português, mas pode ter facilitado ainda mais a vontade de o ter no lote de embaixadores da marca. E, desde então, a TAG Heuer tem também apostado em parcerias com o mundo da bola — desde algumas equipas criteriosamente escolhidos (Manchester United, Seleção Nacional da Austrália) até aos campeonatos mais relevantes (Liga Inglesa, Liga Espanhola e Liga Alemã, para além da Liga Chinesa, Liga Americana e Copa América) e ainda algumas outras personalidades (o internacional alemão Mats Hummels e o técnico italiano Cláudio Ranieri), daí resultando algumas edições limitadas.
O próprio Cristiano Ronaldo tem uma edição limitada em seu nome baseada num cronógrafo Formula 1 em quartzo, tendo contribuído para a sua estética final. Trata-se de um modelo acessível onde pontifica o preto e o verde dos relvados, a par do símbolo CR7 e de uma bracelete NATO que ajuda a manter o preço de venda ao público num plano muito competitivo.
Mas, normalmente, Cristiano Ronaldo usa modelos do atelier de alta relojoaria da TAG Heuer (sobretudo as versões de altas frequências) e ultimamente tem preferido as mais recentes novidades da marca — desde o cronógrafo simples Carrera Heuer 01 ao mais complicado Carrera Heuer-02T que junta cronógrafo e turbilhão.
E o relógio que ele usou na gala foi precisamente um Carrera Heuer-02T… mas personalizado, numa peça única dedicada ao madeirense com uma luneta cravejada com 68 diamantes baguete — noblesse oblige! Desde a sua apresentação que o Carrera Heuer-02 criou enorme celeuma no seio da indústria relojoeira pelo preço apresentado, com algumas manufaturas históricas a considerarem-no demasiado baixo para um produto de tal complexidade. Jean-Claude Biver, responsável pelo polo relojoeiro do Grupo LMVH e CEO da TAG Heuer, sempre ripostou que o crono-turbilhão a um preço acessível (primeiro preço a 14.300 euros para o modelo em titânio!) era exequível por mérito do atelier de vanguarda liderado por Guy Sémon e pela própria capacidade industrial da marca.
Mas houve outro embaixador da TAG Heuer galardoado na gala da FIFA: Claudio Ranieri foi considerado o melhor treinador do mundo. A sua eleição foi menos evidente do que a de Cristiano Ronaldo, mas atribuiu-se mais mérito à elevada improbabilidade de uma equipa como o Leicester ganhar a Premier League do que Zinedine Zidane vencer a Champions League e o Mundial de Clubes com a forte equipa do Real Madrid ou Fernando Santos triunfar no Campeonato da Europa ao comando da seleção lusa — afinal de contas, Portugal tem conseguido consistentemente lugares de destaque em Europeus e Mundiais nas últimas duas décadas, para além de contar com uma estrela como Cristiano Ronaldo.
Curiosamente, Fernando Santos recebeu um Hublot antes do último Campeonato do Mundo, no Brasil — vários selecionadores receberam relógios personalizados com as cores da respetiva equipa e braceletes a condizer (no caso de Fernando Santos, com as cores da seleção grega que liderava na altura). E a Hublot, que tem estado fortemente ligada ao futebol na presente década com patrocínios a vedetas (Maradona), treinadores (Mourinho), equipas (da Juventus ao Benfica) e grandes competições (Europeus e Mundiais) graças a Jean-Claude Biver, tinha reservado seis relógios da linha Big Bang para entregar às personalidades galardoadas na cerimónia da passada segunda-feira… mas desapareceram no transporte entre a sede da FIFA e os estúdios da televisão, ambos em Zurique!
O valor estimado de cada uma dessas seis peças varia segundo os vários relatos, desde 10 mil libras cada até um valor global de quase meio milhão de euros — sabendo-se que normalmente o preço unitário dos Big Bang se situa acima dos 20 mil euros e pode atingir valores muito mais elevados consoante a complexidade do modelo e o material utilizado. De qualquer forma, Cristiano Ronaldo e Claudio Ranieri não poderiam usar os relógios Hublot, estando vinculados à TAG Heuer — sem esquecer a fortuna pessoal acumulada após tantos anos na alta roda do futebol mundial. Mas seguramente que os restantes galardoados não desdenhariam receber um Big Bang…
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