Franck Muller Vanguard Lady no Cais do Ginjal

Arquivos | Porque hoje está um fabuloso dia de sol e porque andamos a sentir falta de alguma primavera ( e falamos de temperaturas mais altas), recuperamos hoje um passeio muito especial que fizemos há uns tempos no Cais dos Ginjal, perto de Cacilhas, na Margem Sul do Tejo. Connosco levámos um Franck Muller Vanguard Lady em violeta – um dos tons do momento – que surpreendeu pelo conforto, pelo espírito descontraído e pela combinação de materiais. Uma boa companhia.

Artigo originalmente publicado a 19 de agosto de 2016.

Margem Sul

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Chamem-lhe o que chamarem: Margem Sul ou Lisbon South Bay (se nos quisermos referir apenas a alguns munícipios, nomeadamente, Almada, Barreiro e Seixal), a verdade, é que a outra margem do Tejo, é muito mais do que a outra margem. Quem a conhece bem — como nós aqui na Espiral do Tempo — sabe que há segredos bem guardados e outros que, agora, já não o são tanto. Longe das praias, há lugares bem interessantes que vale a pena conhecer. Lugares jovens, repletos de vida, feitos de história e de histórias. Um desses lugares é o Cais do Ginjal.

Cais do Ginjal

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Para quem vem de Lisboa, via cacilheiro do Tejo, basta sair dos barcos e virar à direita, seguindo junto ao rio, em vez de seguir em frente na direção da agora badalada zona de restaurantes de Cacilhas. É a partir daí que a magia vai então acontecendo: do outro lado, Lisboa em grande, ao fundo a Ponto 25 de Abril com todo o seu esplendor, à nossa frente, um caminho de pedra, outrora movimentado cais, que se prolonga ainda como chão de velhos e destruídos espaços e armazéns ligados à pesca, ao vinho, ao azeite e não só. Alguns (escassos) desses espaços foram, ao longo dos tempos, dando origem a restaurantes e bares. Mas, de um modo geral, os edifícios que ali pudemos encontrar estão realmente em extremo mau estado.

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Muitos que passaram parte da juventude naquele lugar, como nós, ignoram facilmente a atual (e de longa data) triste situação em que se encontra, até porque foi assim que nos habituámos a ele. Descobrimos uma reportagem que vale a pena ler, se alguém estiver interessado em descobrir os meandros que estão por trás deste degradado Cais. Para aqui, ancorámo-nos nas memórias simples que temos, nas paredes decadentes que são planos perfeitos, na sensação de paz e naquela mistura de passado industrial em ruínas (que faz até lembrar a LX Factory) com paisagem fora de série que hoje em dia parece estar bastante em voga. Por aqui e ali, os olhos vão passeando entre o rio, a paisagem e os edifícios. Depois, há os cacilheiros, o vento que bate na cara, o tempo que passa devagar, a descontração, os pescadores — e, no meu pulso, um Franck Muller Vanguard Lady (Ref. V32QZ/AC.VL/BLC.BLCVL).

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires
Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Mas, desta vez, nós não chegámos ali vindos de cacilheiro. O nosso percurso foi outro. Partimos das margens relvadas do Miradouro, ao qual se pode chegar através do elevador panorâmico ou descendo a colina que alberga Almada-Velha e que culmina no Núcleo de Arqueologia e História, instalações da antiga Companhia Portuguesa de Pesca. E seguimos em frente.

Agora, vamos ao relógio.

 Franck Muller Vanguard Lady

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Horas e minutos é tudo o que o Franck Muller Vanguard Lady tem para nos apresentar no que diz respeito a funções. Mas claro que enquanto relógio há algo mais — a começar pelo inquestionável conforto que a dupla bracelete em cauchu/ caixa Cintrée Curvex proporcionou.

Eu, que tenho tendência para gostar de relógios de perfil mais masculino, já me tenho andado a render a relógios de dimensões mais pequenas e até a relógios femininos – pelas opções mais interessantes que ultimamente têm sido apresentadas -, no entanto, nem todos são confortáveis. Os relógios de pulso são, neste aspeto, como os sapatos: até podem ser bonitos e até nos podem cativar visualmente, mas se não assentam bem, não vale a pena. Se é para usar, um relógio tem de ser confortável, tornar-se nosso, se é para guardar ou colecionar, acredito que a conversa já possa ser diferente.

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Isto para dizer que o Franck Muller Vanguard Lady assentou-me que nem uma luva, de tal forma que, por vezes, me esqueci de que o tinha no pulso. Resultam assim como bem conseguidas as soluções adotadas na recente linha Vanguard da Franck Muller que passam por um reforço da caixa para uma arquitetura tipo sandwich e pela integração da bracelete na própria caixa (neste caso, a caixa tem 32 mm x 42,30 mm). Chama-se a isto conforto.

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires
Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Fomos andando, devagar, fotografando, jogando com as cores que encontrámos no caminho. Confesso que gosto muito de violeta, pelo que adorei o tom da bracelete que depois ecoa um pouco por todo o relógio: no perfil dos numerais em relevo, na escala dos segundos na periferia do mostrador, na lateral da caixa e na extremidade da coroa. Além disso, a inserção de pele de aligátor na base de cauchu da bracelete e o pesponto, atribuem um tom extra que faz viver ainda mais o relógio.

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

O relógio foi saltando à vista. E a caixa em aço absorvendo as cores por onde passava — o verde do relvado, o branco das paredes, o amarelo das mesas do restaurante Ponto Final, os azuis das sardinhas de pano que encontrámos no caminho… Ao mesmo tempo, os estilizados numerais da Franck Muller adaptados à linha Vanguard surgem como toque essencial para reforçar a originalidade e talvez  irreverência deste que, na sua globalidade, acaba por ser um relógio bastante discreto. Já a decoração soleil contribui para dar ainda mais vida ao mostrador, já de si dinâmico graças aos diferentes tamanhos dos geometrizados numerais.

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires
Restaurante Ponto Final
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Muito verão naquela tarde, muito calor, muito sol, muito óculos escuros.

Quem, como eu, passou alguns anos por aquele lugar, lembrar-se-á certamente do Olho, um lugar de teatro, ou da Floresta do Ginjal (depois de ter sido Ginjal Terrasse e antes de voltar a ser Ginjal Terrasse), das enferrujadas gruas que pontuam os paredões, do efémero Parágrafo, dos resistentes Ponto Final e Atira-te ao Rio ou do inconfundível som dos carros que passam na Ponte e que é há 50 anos a banda sonora daquela zona nos dias mais ventosos. E lembrar-se-á, certamente, de bem mais. Agora, já não passo tanto por lá. Mas as memórias ficam.

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires

Um encontro de tempos e de estados de espírito, nessa segunda-feira. Regressámos a casa e comigo quase levei o relógio. Estava distraída, claro. Os meus colegas lá me lembraram que não era para levar. Desapertei a fivela e devolvi-o. Senti-me bem com o Franck Muller Vanguard Lady no pulso. Leve, simples, descomplicado, o relógio revela uma personalidade descontraída, de estar bem com a vida que casa tão bem com os dias longos e quentes, mas também com a sensação única que só um bom passeio de visita a lugares que gostamos nos pode oferecer… ET_simb

Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo/ Paulo Pires
Franck Muller Vanguard Lady
© Espiral do Tempo / Paulo Pires

Galeria de fotos: Cais do Ginjal

Ponte 25 de Abril
© Espiral do Tempo / Paulo Pires

Galeria de fotos: Franck Muller Vanguard Lady

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Consulte o site oficial da Franck Muller ou o site oficial da Torres Distribuição para mais informações.

 

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