A Rolex tem uma relação especial com o desporto e foca-se em cinco modalidades simbolizadas pelas extremidades da sua coroa. Depois de Roland Garros em ténis, começa o US Open em golfe que decorre até 16 de junho — e as 24 Horas de Le Mans estão aí à porta.
Antes de se associar formalmente ao desporto no final da década de 60, a Rolex já tinha ganho fama planetária através do seu caráter desportivo e da associação a personalidades desportivas. A começar por Mercedes Gleitze, a nadadora que em 1927 atravessou o Canal da Mancha com um Rolex Oyster para comprovar a estanqueidade dos relógios da marca. Só o facto de serem à prova de água implicava a tal conotação desportiva numa altura em que o conceito de desporto ainda era relativamente recente.

Hans Wilsdorf fundou a Rolex numa altura em que a sociedade vivia uma notável mutação e numa época em que o relógio de pulso ainda era considerado uma frágil joia; o crescente espírito desportivo ajudou-o a ver as vantagens de modelos precisos e robustos, adaptados ao dinamismo do novo estilo de vida.

A fiabilidade dos relógios Rolex tornou-os ideais para todo o tipo de atividades mais exigentes num mundo que procurava alargar as suas fronteiras; tornaram-se no instrumento do tempo preferido não só dos aventureiros e dos exploradores, como também de desportistas.

Hoje em dia, a Rolex é a marca número um no vasto mundo do desporto, tendo em conta a visibilidade e o investimento. Mesmo que se concentre em cinco áreas de intervenção bem definidas, como cinco são as pontas do famoso logótipo da coroa: ténis, golfe, hipismo, vela e automobilismo. Cinco modalidades tradicionais que representam o ‘Espírito Rolex’.

A recente edição de Roland Garros foi perfeita: num torneio Rolex, os jovens Carlos Alcaraz e Iga Swiatek ergueram os respetivos troféus (a Coupe des Mousquetaires e a Coupe Suzanne Lenglen) com Rolex no pulso — um Daytona em ouro com bracelete Oysterflex no caso do espanhol, um Datejust em ouro com bracelete President para a polaca.

Quatro dias depois do maior torneio de ténis em terra batida do planeta, e antes das 24 Horas de Le Mans no próximo fim-de-semana, as atenções já estão viradas para o golfe e para o US Open a decorrer entre os dias 13 e 16 de junho no famoso percurso de Pinehurst, que (e de modo inédito) acolhe a competição pela quarta vez nos últimos 25 anos — após ter sido escolhido recentemente como sede da United States Golf Association.
US Open

A história secular do US Open remonta a 1895 e, desde a edição inaugural no Newport Golf Club em Rhode Island, tem passado pelos mais prestigiados percursos do país. E foi no golfe que a Rolex teve um dos seus primeiros grandes embaixadores, a partir de 1967: o lendário campeão americano Arnold Palmer. Juntaram-se-lhe depois Jack Nicklaus e Gary Player; juntos, os chamados ‘Big 3’ popularizaram o Day-Date em ouro com bracelete President nos mais prestigiados clubhouses do mundo.

Atualmente, a Rolex é cronometrista oficial das várias entidades que regulamentam a modalidade, como o Royal & Ancient de St. Andrews, a USGA e a LPGA, e dos Majors do circuito masculino (Masters de Augusta, British Open, US Open, PGA Championships) e do circuito feminino (Chevron Championship, US Open, PGA Championship, Evian Championship e AIG Women’s Open), para além da Ryder Cup, Presidents’ Cup, Solheim Cup e múltiplas outras competições de relevo.

O extenso rol de embaixadores em atividade regular é liderado pelo três vezes campeão do U.S. Open Tiger Woods (2000, 2002 e 2008), que tenta regressar a um bom plano após graves lesões e apesar da sua veterania — tendo sido agraciado nesta semana em Pinehurst com o Bob Jones Award, o mais elevado galardão atribuído pela USGA.

O extenso lote de testimonees (o nome peculiar que a Rolex dá aos seus embaixadores) inclui vários outros vencedores do grande evento americano na última década, como Matt Fitzpatrick (2022), John Rahm (2021), Bryson DeChambeau (2020), Brooks Koepka (2017, 2018) e Jordan Spieth (2015), Martin Kaymer (2014), para além de vedetas como Adam Scott, Scottie Scheffler, Collin Morikawa ou Rickie Fowler.

Mas fundamental para a Rolex, no golfe como em todos os desportos em que se envolve, nem é tanto o palmarés — é a associação a respeitadas personalidades e instituições que asseguram a transmissão do saber e da excelência, pavimentando o caminho para as gerações seguintes. É isso que representa o Bob Jones Award entregue a Tiger Woods.

O engajamento da Rolex é tal que já faz parte do imaginário do golfe há décadas, como sucede no ténis, no hipismo, na vela e noautomobilismo. E é notável constatar que, mesmo escolhendo associar-se a desportos clássicos, a marca genebrina continua a fascinar as novas gerações…
