O After Time organizado pela equipa da Milano Watch Week foi um pequeno paraíso para os adeptos da relojoaria de qualidade a preço acessível e os amantes das micromarcas. Passámos em revista as companhias expositoras em Milão e a maior parte dos respetivos lançamentos.
Em Milão
A dolce vita relojoeira regressou a Milão com o conceito After Time após a estreia da Milano Watch Week no ano passado e a ideia é passar a organizar alternadamente esses dois certames cheios de charme e estilo na capital do norte de Itália — numa iniciativa inspirada pela Dubai Watch Week/Horology Forum, que também se realizam em anos intercalados.
Já aqui abordámos o conceito e o espírito por trás do After Time by Milano Watch Week, mas convém mergulhar no busílis da questão e apresentar os verdadeiros protagonistas do evento milanês: os relógios, nomeadamente as novidades apresentadas (umas oficialmente, outras sob embargo entretanto levantado) ao longo de quatro jornadas muito bem vividas entre os três pólos vigentes (dois pisos na Via delle Ore 3, um salão na Via Santa Tecla 3, o incontornável Terrazza Milano) e ainda a boutique de roupa masculina Fortela, de Alessandro Squarzi, para um serão especial carregado de sprezzatura na sexta-feira à noite.
Ao todo, o After Time contou com a participação oficial de 26 firmas relojoeiras, a maior parte jovens micromarcas que conviveram com alguns nomes já bem instalados no mercado; praticamente todas elas ofereceram uma interessante relojoaria qualitativa comercializada a preços muito interessantes que seduziram os quase três milhares de aficionados que visitaram o evento.
Aqui fica um resumo ilustrado do que mais interessante se viu em Milão, incluindo modelos especificamente dedicados ao público transalpino — começando pelas marcas contemporâneas/micromarcas e terminando com as marcas mais tradicionais/históricas.
Alp
Uma nova marca italiana que pretende redefinir a relojoaria moderna — o ALP-1 em Carbono TSC e Carbono TFC com um calibre especial desenvolvido pela Soprod pesa somente 27 gramas — incluindo a bracelete elástica. Ou seja: 7,93 gramas para a caixa (1,87 para a camada superior; 3,34 para a secção média; 2,72 para o fundo), mais 6,80 gramas para o movimento automático e ainda 4 gramas para a bracelete. Notável e recordista, num patamar onde a Richard Mille se tem destacado a um preço milionário e no qual a Ming também apresentou trunfos ultraleves. A fasquia de preço é que é bem inferior: na casa dos 4.000 euros.
Arsène Lippens
Coração suíço e alma italiana: a Arsène Lippens foi criada por Dries Lippens e Alberto Boccaletti em honra do avô dos fundadores e já conta com três linhas no seu catálogo. Para além dos esqueletizados Scheletrato e dos cronógrafos rétro Visionario, estiveram sobretudo em evidência os três modelos da nova gama Artigiano — com mostradores de tecido feitos com têxteis italianos provenientes de Como. O preço situa-se nos 1.100 euros.
Atelier Wen
Uma jovem marca sino-francesa que tem impressionado pela qualidade dos seus mostradores. Dos vários modelos em exibição, destacamos o Ancestra Jiao — com mostrador em base de prata martelado e revestido por esmalte Grand Feu num azul cobalto gradiente que foi concebido nos ateliers de Kong Lingjun. Algarismos caligrafados em chinês tradicional ou árabes ocidentais. Movimento Pequignet de corda automática, Calibre EPM03 com 65 horas de autonomia. Preço: 5.100 euros.
Beda’a
A jovem marca Beda’a, fundada pelo qatari Hader Alsuwaidi e pelo palestiniano Sohan Maghnam (CEO e diretor criativo) que se encontra entre as finalistas do Grand Prix d’Horlogerie de Genève deste ano na categoria de preço mais acessível, apresentou o Angles Mecaline ‘Italy Edition’ — inspirado no Palazzo Ducale de Veneza, celebrando a arquitetura e a herança italianas por meio de um meticuloso design angular que alberga um movimento ETA de corda manual. O preço é muito interessante: anda pelos 1.600 euros.
O Eclipse I de horas digitais saltantes e o novo Eclipse II de mostrador do tipo regulador com horas digitais saltantes também estiveram em destaque.
Dennison
A Dennison é uma nova marca relojoeira com base histórica num tradicional fornecedor de caixas de elevada qualidade para marcas de alta-relojoaria — e que se tem distinguido pelos seus relógios de forma desenhados pelo consagrado Emmanuel Gueit com mostradores de pedras semipreciosas. Já antes apresentámos a linha ALD Dual Time, desvelada durante o Geneva Watch Days e protagonista no After Time de Milão com preços entre 700 e 800 euros; entretanto, a marca introduziu nos últimos dias a variante pop Dual Time Capsule Collection II de inspiração Kandinskyana (e preço semelhante).
De Rijke & Co
Baseada em Dordrecht, a jovem marca holandesa fundada pelo designer Laurens de Rijke concebe exclusivamente relógios mecânicos dotados de um twist muito particular e visual um tanto naïf. Entre a sua oferta muito original destaca-se a linha Amalfi, com uma caixa patenteada que pode rodar 90 graus para ajustar o seu ângulo de visão ao condutor que está ao volante ou adaptar o relógio como relógio de mesa. O Miffy Moonphase Ceramic (3.950 euros, mas já esgotado) apresenta uma aura alva muito peculiar e ostenta o típico disco de fases da lua da marca.
Já as edições Guy Allen acentuam a caraterística de driver watch com belas ilustrações coloridas em esmalte Grand Feu (3.395 euros). E atenção: a marca holandesa tem um belo relógio quadrado de vidro panorâmico para apresentar em breve…
Echo/Neutra
Com um visual habitualmente enegrecido e tendo-se estreado com tool watches de inspiração rétro, a Echo/Neutra deu que falar no ano passado com o retangular Rivanera de mostrador preto ou cinza e caixa em titânio com movimento fino ETA 7001 de corda manual. Em Milão lançou um novo Rivanera de mostrador branco com correia verde (normalmente as correias da marca são pretas) a 1.490 euros e revelou, em preview, um novo Rivanera mais quadrilátero — e que, curiosamente, tem apenas a designação Rivanera (e não Echo/Neutra) no mostrador.
Apesar de os Rivanera terem capturado a atenção do mundo relojoeiro e em especial da Gen Z, os modelos redondos da linha 1956 da marca transalpina continuam muito apreciados por quem gosta mais de relógios redondos de espírito military-chic.
Furlan Marri
A Furlan Marri eclodiu via Kickstarter com grande estrondo mediático e rapidamente se estabeleceu no cenário relojoeiro por via da visão do designer Andrea Furlan e do colecionador Hamad Al-Marri — o seu sucesso fez crescer rapidamente uma micromarca que, hoje em dia, já é muito mais do que isso. Alargando a sua coleção a partir de cronógrafos mecaquartzo de inspiração neoclássica, a Furlan Marri tem também múltiplos modelos mecânicos.
No seu stand no After Time em Milão, a jovem e já premiada marca genebrina destacou vários Disco Volante de influência italiana e o novo Cornes de Vache Blue Sector alimentado por um movimento automático La Joux-Perret com 68 horas de autonomia. Preço: 1.300 euros.
Gagà Laboratorio
A marca que saiu da Gagà Milano assenta no design industrial italiano pós-guerra do meio século passado, com design de Mo Coppoletta a favorecer um disco das horas e um ponteiro central de minutos a partir de um disco central. A partir do conceito Labormatic, os modelos dividem-se entre as variantes Cinquanta e Bauhaus. O novo Labormatic Cinquanta x Alessandro Ristori com mostrador verde pistacchio é dedicado ao ‘cantor da dolce vita‘ Alessandro Ristori, que animou a noite inaugural do After Time numa festa que teve como palco o Terrazza Milano. Preço: 3.900 euros. Movimento automático La Joux-Perret Calibre LPJ-G100 com massa oscilante exclusiva.
M.A.D. Editions
A ‘outra’ marca — acessível! — da equipa da MB&F liderada por Max Busser apresentou as suas últimas criações. O mais recente M.A.D.1S na variante ‘Grow Your Dreams’ em parceria com o artista Yinka Ilori (3.200 CHF + impostos) e o M.A.D.2 assinado pelo profícuo designer Éric Giroud. Houve também algo de muito interessante promovido no espaço da M.A.D. Editions: um sorteio exclusivo. Ou seja: os visitantes do After Time puderam inscrever-se pessoalmente num sorteio que ofereceu a oportunidade única de comprar um dos dois relógios mais cobiçados da marca: o M.A.D.1 Slim na cor azul ou o M.A.D. 2 em tom verde.
Louis Erard (e Kollokium)
A Louis Érard não é propriamente uma jovem marca, mas tornou-se numa marca jovem sob a refrescante batuta do experiente Manuel Emch — baseando a sua estratégia em modelos diferenciados de mostradores especiais (esmalte Grand Feu ou marqueteria) ou de configuração regulador e projetos colaborativos de preço razoável com grandes criadores relojoeiros — como Alain Silberstein, Vianney Halter, Konstantin Chaykin, Stefan Kudoke e Cédric Johner. Na passada semana lançou a linha de design integrado 2340, mas no After Time teve como protagonista a linha Noirmont Métiers d’Art: o Gravée Main de caixa decorada com gravações à mão e, sobretudo, o Fils d’Or Wire Art de mostrador ótico lacado (preço: 4.500 CHF). Foi também apresentado, sob embargo e à parte, o novo modelo do projeto paralelo de Manuel Emch com Amr Sindi e Barth Nussbaumer: o Kollokium Projekt 02, com mostrador inspirado nos mapas toponímicos e que foi pouco depois lançado oficialmente numa primeira versão FFF&F para «family, friends, fools and flippers» a 3.333,33 CHF (limitada a 199 exemplares, esgotou num ápice).
Maghnam
Fundada pelo mesmo Sohaib Maghnam que é CEO e diretor criativo da Beda’a (de origem qatari), a Maghnam é uma marca especialmente criativa que assenta a sua coleção em exercícios de estilo experimentais e concetuais — muito inspirados no universo automóvel (com formação de engenharia mecânica, o fundador trabalhou no setor). Em Milão esteve em destaque o Mohareb (termo que significa ‘gladiador’, em árabe) de caixa intermutável e preço entre os 7.200 e os 8.000 euros, para além do Noor de estrutura articulada especialmente idealizada para o pulso dos condutores vendido a 8.500 euros.
Ming
A Ming está num patamar superlativo com preços muito acima dos modelos inaugurais e relógios de uma complexidade mecânica pertencentes à capsula Special Projects Cave que podem mesmo ultrapassar os 40 mil euros (como os cronógrafos de movimento cronográfico AgenGraphe) ou que batem recordes (como o ultraleve LW.01 de… 8,8 gramas). A marca fundada por Ming Thein não teve uma participação convencional no After Time — ou seja, não expôs num espaço próprio, mas anfitriou um evento no Terrazza Martini que incluiu uma conversa com o CEO Praneeth Raj Singh e uma sessão touch & feel com vários modelos. Entre os de maior relevo estavam o cronógrafo 20.01 Series 5 nomeado para o Grand Prix d’Horlogerie de Genève (37.500 CHF + taxas), o 29.01 Worldtimer (22.000 CHF + taxas) e o 37.09 Bluefin de mergulho (4.950 CHF + taxas).
Nivada Grenchen
A Nivada Grenchen foi ressuscitada como micromarca vocacionada aos aficionados saudosistas de estilos rétro dos anos 60/70 e tem granjeado algum estatuto de culto. As suas propostas neo-vintage, em grande parte mecânicas mas que também incluem cronógrafos mecaquartzo, são particularmente atraentes e a um preço convidativo. A linha que tem estado mais em destaque nos últimos tempos é a Autochron, reeditando um antigo cronógrafo Chronosport com mostrador desenhado por Jean Singer que nunca passou da prototipagem na década de 70; está disponível em versões mecaquartzo (a partir de 550 euros) e de corda automática (a partir de 2.390 euros).
Ralf Tech
A marca parisiense especializada em tool watches de mergulho sobredimensionados tem insistido nos relógios grandes (o conhecido WRX agora também surge dotado de uma estrutura esqueletizada), mas também tem investido em modelos de tamanho mais contido. Como o Academie e sbretudo o novo WRB Automatic California, com o seu mostrador do tipo californiano (algarismos romanos combinado com árabes) numa caixa de 39mm; o preço estabelecido é de 1.600 euros.
Serica
A jovem marca parisiense fundada por Gabriel Vachette e Jérôme Burgert começou por se afirmar através de uma diferenciada linha de tool watches, mas adicionou uma vertente mais elegante com o lançamento do Parade no final do ano passado. Este ano, o Parade passa também a estar disponível com atraentes mostradores de linho azul ou creme; tivemos a oportunidade de os experimentar no After Time (então sob embargo) e os mostradores de origem têxtil apresentam uma textura e uma beleza que batem o mostrador espiralado da versão inaugural. O Parade ‘Lin’ Ref. 1174 vale 1.490 euros.
SpaceOne
A aura retrofuturista da SpaceOne esteve personificada no espetacular Worldtimer e ainda no Tellurium ‘Last Series’, a mais recente iteração do Tellurium. Quem gosta de relógios diferentes e/ou inspirados na conquista do espaço que tanto inspirou a relojoaria da década de 70, qualquer modelo da SpaceOne (o nome diz tudo..) é uma excelente opção. O Worldtimer é comercializado um pouco abaixo dos 3.500 euros.
O já esgotado Jumping Hour também esteve exposto nas suas três diferentes versões de caixa.
Squale
A Squale é uma marca histórica de relógios de mergulho que tem em Itália o seu maior mercado — e no After Time lançou a edição colaborativa Squale x Alessandro Squarzi, em homenagem a esse ícone da moda masculina milanesa. Para além do stand no evento, houve um concorrido serão na loja Fortela de Alessando Squarzi na Via Sistrori, em Milão. O evento ofereceu aos convidados uma experiência imersiva no mundo de Alessandro Squarzi, explorando a sua visão estilística rétro, as suas inspirações de design e o processo criativo por trás da colaboração relojoeira com a Squale.
Venezianico
A marca italiana fundada pelos irmãos Morelli nas imediações de Veneza tem conhecido um rápido crescimento e sobretudo um assinalável sucesso a partir do seu modelo Arsenale de design integrado. O protagonismo do stand no After Time foi naturalmente para os diversos modelos Arsenale, mas também os cronógrafos Bucintoro, os elegantes Redentore e os Nereide de mergulho. O Arsenale Avventurina (com mostrador de aventurina) e o Arsenale Ultrablack (com mostrador supernegro Musou Black) custam 800 euros com bracelete cauchu e 900 com bracelete metálica; o Arsenale Meteorite de mostrador meteorito com bracelete metálica apresenta uma etiqueta de 1.200 euros; o Arsenale Platino de tratamento galvânico com platina custa 1.400 euros.
Wyler Vetta
A junção da Wyler suíça à Vetta italiana redundou na Wyler Vetta, liderada pelo experiente Marcello Binda. A sua interpretação contemporânea do emblemático Jumbostar apresenta-se especialmente equilibrada e é declinada num cronógrafo e num relógio de três ponteiros; já a tínhamos elogiado numa anterior reportagem sobre a VO’Clock da Vicenzaoro. A parceria da Wyler Vetta com a lendária escuderia italiana de motocicletas MV Agusta conta com dois desses modelos Jumbostar de luneta interior e caraterizados pela combinação de um centro de carbono com uma secção vermelha; o cronógrafo é especialmente apelativo e está a ser comercializado por 3.900 euros. O espaço da Wyler Vetta no After Time contou também com espetaculares motos MV Agusta, enfatizando a visão partilhada de desempenho e excelência sob a égide do sempre notável design italiano.
Doxa
A histórica Doxa é uma marca de culto entre os apreciadores de relógios rétro e em especial dos amantes de divers. No After Time de Milão apresentou os novos Sub 750 que já tinha estreado no Geneva Watch Days, para além da restante oferta — incluindo variantes de todas as oito cores de mostrador disponíveis em cada uma das dez linhas regulares da coleção: Professional (laranja), Sharkhunter (preta), Searambler (prateada), Caribbean (azul), Divingstar (amarela), Aquamarine (turquesa), Whitepearl (branca opalescente), Sea Emerald (verde radial).
Favre-Leuba
É uma das mais antigas marcas do mundo e foi recentememente (2024) renovada, assumindo agora uma nova dinâmica sob a batuta de Patrik Hoffman. Em Milão, no After Time, colocou em evidência as novas propostas esqueletizadas da linha Chief de caixa em formato cushion. Entretanto, lançou uma nova cor de mostrador (verde galvanizado com totalizadores pretos contrastantes) para o seu cronógrafo neo-vintage Sea Sky.
Frederique Constant
Antes de uma apresentação em Lisboa que contou com a presença do CEO Niels Eggerding, a Frederique Constant esteve no After Time de Milão com o Classic Moneta Moonphase a concitar as atenções; trata-se de um belo relógio de inspiração clássica que usa as ranhuras das moedas (Moneta, em latim) tradicionais como orla decorativa do mostrador. O movimento de quartzo ajuda a manter o preço nos 1.195 (o valor é ligeiramente mais elevado na variante com bracelete milanesa ou na versão plaqué ouro), mas… os adeptos dos movimentos mecânicos terão boas notícias em breve. Também estiveram em foco os notáveis Classic Perpetual Calendar Manufacture pela sua complexidade acessível e os relógios-bracelete Manchette.
Oris
A Oris é uma marca muito respeitada pelos aficionados da relojoaria devido à sua independência, criatividade e fasquia de preço. No seu stand do After Time mostrou as novidades estivais lançadas no Geneva Watch Days (o Big Crown Calibre 113 e Oris x Bamford ProPilot Altimeter) e também, sob embargo, o novo Oris x Cervo Volante Big Crown Pointer Date que entretanto já foi apresentado oficialmente — e por nós devidamente escalpelizado num artigo recente.
Raymond Weil
A Raymond Weil tem estado em grande forma e vem cavalgando na onda nostálgica do Millesime, como foi possível verificar no nosso Encontro Espiral do Tempo dedicado à marca no ano passado e na entrevista que o CEO Elie Bernheim então nos concedeu: as variantes de diferentes tamanhos e estética apelativa vão-se multiplicando, desde a versão inaugural com pequenos segundos premiada no Grand Prix d’Horlogerie de Genève ao charmoso cronógrafo. À semelhança do que já havia sucedido no Watches and Wonders deste ano, a Raymond Weil também mostrou em Milão o novo Toccata Heritage de caixa ovalada — que será oficialmente anunciado mais no final do presente mês de outubro.
Seiko
Outra marca favorita dos tifosi da relojoaria de qualidade a preço acessível. A Seiko tem mesmo estatuto de culto junto dos aficionados e gostámos especialmente dos modelos King Seiko — o SJE115 em edição limitada dedicado ao 100º aniversário da companhia nipónica e o facetado Vanac de forte presença geométrica.
Ambos os modelos são comercializados por 3.400 euros nas suas diversas versões. E tanto um como outro são excelentes exemplos que revelam a venerável companhia nipónica no seu melhor exercício retrospetivo!
Zenith
Tal como na Milano Watch Week do ano passado, a Zenith (marca que se pode considerar de patamares mais elevados…) associou-se ao After Time de modo original e didático: em parceria com a loja Pisa 1940, transformaram uma secção da Terrazza Martini numa clínica relojoeira especial — proporcionando a colecionadores e entusiastas uma experiência única no âmbito da arte relojoeira e a possibilidade de conhecerem a histórica manufatura de Le Locle e o seu lendário calibre El Primero (um dos primeiros, senão o primeiro, calibres cronográficos automáticos) sob um novo ângulo. No que diz respeito às novidades, o destaque foi praticamente todo para a edição especial Defy Chronograph USM associada à reputada firma helvética de Modular Furniture e cores pop muito à anos 70. Cada uma das quatro coloridas versões está limitada a 60 exemplares, vendidos a um preço unitário de 10.900 CHF.
